Produtores de "Halloween 2007" vão refilmar original de "Sexta-Feira 13"

O sucesso da refilmagem Halloween 2007, feita por Rob Zombie e que ainda está nos cinemas, animou os produtores Brad Fuller e Andrew Form (dupla responsável por Horror em Amytiville e também O Massacre da Serra Elétrica: O Início). Eles planejam dar uma nova versão à saga do infame serial killer Jason Voorhees, Sexta-Feira 13.
Halloween 2007 estreou hà vinte dias nos EUA e já faturou quase 52 milhões de dólares. No Brasil, o filme estréia no próximo dia 16 de novembro.

Caso o projeto realmente se concretize, o filme deve ser lançado somente em 2009. Será o décimo-primeiro filme da franquia Sexta-Feira 13, que, a exemplo de Halloween 2007, servirá de prelúdio à série (o filme original é de 1980). A produtora Platinum Dunes de Michael Bay quer começar a rodar no início de 2008, para não pegar a possível greve dos sindicatos em Hollywood, em junho/julho do ano que vem.

Para tanto, uma nova dupla de roteiristas foi contratada: Damian Shannon e Mark Swift, responsáveis pelo script de Freddy vs. Jason. Shannon e Swift devem começar o trabalho do zero, já que o roteiro de Mark Wheaton (Os Mensageiros, atualmente em cartaz nos cinemas), escrito anteriormente, não foi aproveitado.

A estória do remake de Sexta-Feira 13 mostrará as origens do assassino desfigurado Jason, com o afogamento em Crystal Lake e tudo mais. Jonathan Liebesman, diretor do remake O massacre da serra elétrica – o início, a princípio será o diretor do filme.

Instinto Secreto (Mr. Brooks, 2007)

(Suspense, 18 anos. Direção de Bruce Evans. Com Kevin Costner, Demi Moore e William Hurt)

Kevin Costner interpreta o respeitado empresário Earl Brooks, um adorável marido e pai, que, no entanto, guarda um segredo – ele é viciado em matar, tão mortalmente inteligente que nunca ninguém suspeitou dele – pelo menos até agora. Porém, no que planeja ser seu último assassinato, um fotógrafo amador testemunha o crime e passa a chantageá-lo. Demi Moore faz a detetive que está em seu encalço.

O diretor, Bruce Evans, é mais atuante como roteirista e produtor. Traz consigo nesse filme a decadente Moore, além de Costner, que há tempos não emplaca um sucesso, e ainda William Hurt, que andava meio sumido. Das duas uma: ou este filme é uma bomba ou pode ser uma bela chance de “reabilitação” para Costner e Moore.

O filme custou cerca de 20 milhões de dólares e arrecadou pouco mais de US$ 48 milhões em todo o mundo.

Veja abaixo o trailer oficial do filme:


A Assassina (Point of no return, 1993)

Filme meio raso do diretor John Badham (de Jogos de Guerra), que cumpre seu papel, mas é facilmente esquecível. A produção tem cara e jeito de ser meio marginal, meio “à parte” da indústria de Hollywood, mas o diretor competente e o bom elenco garantem uma qualidade ao menos razoável para o filme.

Bridget Fonda (sobrinha de Jane Fonda) é Maggie, garota marginal viciada em drogas que é a única sobrevivente da ação policial contra o assalto a uma loja. Presa por matar um policial, ela é condenada à morte por injeção letal. Mas uma espécie de “polícia paralela secreta” do governo americano identifica o “potencial bélico” da garota e resolve impedir sua morte, recrutando-a compulsoriamente para treinamento, onde ela é formada como uma das melhores agentes e depois passa a ter uma vida quase normal, só que assumindo uma identidade falsa e sempre sob as asas vigilantes do “governo”.

A intenção do roteiro é a de mostrar o contraste entre a garota marginal e selvagem do começo do filme com a bela e elegante moça que a personagem que dá nome ao filme se transforma. A primeira não tem a menor noção de civilidade, é um bicho do mato (a garota bate em tudo que vê pela frente) e extremamente agressiva; a segunda é jovem, astuta, bonita, inteligente e ainda por cima é boa de briga e sabe atirar muito bem. O problema é que a “passagem” de um estado para outro é feita subitamente, e de repente ela passa a cultivar sentimentos de querer ser alguém na vida, de praticar o bem, e até de poupar a vida de pessoas sob a mira de seu revólver. Só que fica difícil acreditar que tudo isso foi adquirido em apenas alguns meses de “treinamento”.

Isso se acentua quando a jovem se apaixona por um fotógrafo que encontra no caixa do supermercado (Dermot Mulroney, de O Casamento do meu melhor amigo). Na verdade a impressão que dá é que ela resolveu se apaixonar pelo primeiro cara que atravessasse sua frente, porque cá entre nós ele é muito, mas muito chato. Daí em diante o filme foca na dificuldade cada vez maior que ela tem em levar a vida a dois com seu parceiro, para que esse não descubra suas atividades “suburbanas” que ela ainda é obrigada a exercer, sempre envolvendo o assassinato de pessoas que ela nunca viu na vida mas são inimigas do “governo”.

Bridget Fonda está bem, principalmente no começo da trama, como garota marginal e completamente sem educação (tem uma cena que ela é “obrigada” a sorrir que achei muito legal). Gabriel Byrne não é muito exigido, faz o agente que se apaixona pela ex-marginal (e sempre está apanhando dela) e quase não participa de cenas externas. E ainda temos Harvey Keitel, que faz uma pequena mas eficiente participação no final do filme.

Juntando tudo, o roteiro é mal desenvolvido e as coisas são jogadas na tela como se fizessem sentido sem necessidade de maiores explicações, mas como passatempo o filme funciona, tem ação e até uma certa dose de suspense. Só deixa a desejar para o espectador mais crítico.

Nota – 7.5 ***

Clique aqui e veja o trailer original do filme (em inglês)