O Professor Aloprado I e II (The Nutty Professor I / II)

professor_aloprado_1_posterPéssimos, ridículos, nojentos no pior sentido possível. Os dois filmes de Eddie Murphy listados abaixo conseguem ser mais revoltantes que qualquer baixaria. A seguir você encontra um pequeno resumo de ambos, prá não dizer que eu não avisei alguém que por acaso imagine em alugar algum desses filmes.
O primeiro filme (O professor aloprado, de 1996) até que, com bastante esforço e disposição, dá prá assistir, já que Eddie Murphy não quis copiar Jerry Lewis (astro do filme original, de 1963) e conseguiu fazer uma filme assistível, também porque o diretor é Tom Shadyac, famoso por dirigir algumas outras comédias, principalmente de Jim Carrey.professor_aloprado_2_posterMas, em virtude do sucesso desse filme, Murphy resolveu fazer uma continuação (O professor aloprado II – a família Klump, do ano 2000) que é uma das coisas mais abomináveis já feitas em Hollywood, um filme que não tem a menor razão de ser, uma produção realmente muito infeliz. Piadas escatológicas ao extremo, flatulências aos montes, palavras chulas e de mau gosto, um enredo ridículo, enfim, esse segundo filme – dirigido pelo inexpressivo Peter Segal – deve ser um dos 3 piores filmes que Murphy fez em sua carreira, com certeza.

Eu até que gosto do Eddie Murphy, principalmente dos filmes de seus dez primeiros anos de carreira, na década de 1980. Alguns são verdadeiras preciosidades do humor inteligente, como Trocando as Bolas, feito com Dan Aykroyd em 1983, e Um príncipe em Nova York, talvez seu melhor filme, feito em 1988 com direção do mestre do humor John Landis. Até os blockbusters de ação da série Um Tira da Pesada, que o tornaram famoso definitivamente, foram legais.

Mas desde que fez o primeiro “Professor Aloprado” hà pouco mais de dez anos, sua carreira entrou em franca decadência, e suas comédias se tornaram infantilizadas (como Dr.Dollitle), medíocres e de baixo nível. Nesse período a única coisa que ele fez de bem foi dublar o burro nas três versões de Shrek. Apesar disso tudo, Eddie Murphy é um ator carismático, de ótima presença em cena e que quando se dispõe a fazer entretenimento de qualidade consegue com sucesso, só precisa procurar bons roteiros e ser bem dirigido por alguém que explore suas verdadeiras qualidades.

E acreditem se quiser: os produtores da Universal gastaram a pequena fortuna de 138 milhões de dólares para produzir essas duas porcarias… dinheiro jogado no lixo que fica ao lado do vaso sanitário onde os roteiristas estavam sentados quando bolaram esses filmes !!

Notas – O Professor Aloprado, 5.0 (**) e O Professor Aloprado II, 2.5 (*)

Veja abaixo o trailer original de O PROFESSOR ALOPRADO I (em inglês; o segundo filme é tão defenestrante que nem vamos colocar o trailer aqui)


O Show de Truman (The Truman Show, 1998)


Jim Carrey com esse filme definitivamente provou que é um ator completo, e que, caso tenha sabedoria para desenvolver bem sua carreira, só tem a crescer nos próximos anos, interpretando personagens dos mais variados tipos e estilos e desgarrando-se da imagem de ator que somente faz comédias bobocas e personagens idiotas. Mas quem ainda questiona o trabalho de Carrey precisa ver esse O Show de Truman.

O filme é originalíssimo, e logo de cara o espectador já “mergulha” na atmosfera inusitada que o roteiro desenvolve. Não assistimos a um filme, mas sim a um programa de TV – sim, o Show de Truman – onde o protagonista é Truman Barbick, um homem casado, com bom emprego, morador de uma cidade pequena isolada numa ilha dos EUA, mas que, ao contrário de todos os espectadores (e de todos os outros atores, atrizes e figurantes, sem exceção) não sabe que seu mundo e sua vida são artificiais, fabricados – não são o mundo e a vida reais. O que ele pensa ser o “mundo” na verdade é o gigantesco cenário de um reality show, ou seja, desde que nasceu – literalmente, pois o primeiro episódio retratou o nascimento do bebê Truman – ele vive em uma cidade completamente projetada para ele, onde seus movimentos são monitorados 24 horas por dia e trasmitidos pela televisão.

O diretor Peter Weir (o mesmo de Sociedade dos Poetas Mortos e de Mestre dos Mares) consegue um esplêndido trabalho, e entender o que se passa é fácil, apesar da aparente complexidade do tema. O roteiro é desenvolvido num ritmo constante e firme, e prá quem não lê a sinopse do filme, somente depois de uma meia-hora é que se percebe claramente que estamos diante de um programa de TV. Porém, o filme tem o mérito de não ficar apenas no enfoque superficial da coisa – pelo contrário, traz à tona muitas discussões do cotidiano atual, como o excesso de merchandising na TV hoje em dia e o poder de manipulação que a mídia pode exercer sobre as pessoas. Tudo isso sem deixar de usar o bom-humor característico que Carrey imprime na dose certa ao seu personagem, que nunca é caricato ou desproporcional ao que o filme deseja transmitir.

Laura Linney (a possuída de O Exorcismo de Emily Rose) faz uma esposa de encaixe perfeito para os propósitos dos produtores do programa, já que nunca perde a chance de atuar como garota-propaganda dos diversos produtos que utiliza na casa em que mora com Truman. A cara que ela faz (e o olhar que ela produz) quando anuncia os produtos para a câmera é impagável. Outra bela atuação é do competente Ed Harris, que faz o excêntrico diretor de TV Christof, um sujeito estranho que tem total controle sobre sua obra. A princípio ele poderia ser considerado um vilão, mas repare, numa das cenas do filme, quando ele concede uma entrevista, como muito do que ele diz e pensa faz sentido, diante das circunstâncias da estória.

Um filme bastante ousado, diria até que particularíssimo pelo roteiro apresentado e desenvolvido, que diverte bastante, mexe conosco e nos faz torcer para que Truman tenha o direito à sua liberdade como qualquer um de nós e, principalmente, nos faz torcer para que ele seja feliz em sua escolha.

Nota – 9.0 ****

Veja abaixo o trailer original do filme (em inglês)


Ligeiramente Grávidos (Knocked Up, 2007)

A apresentadora de TV Alison (Katherine Heigl) subitamente descobre-se grávida do gordinho-desempregado-maconheiro Ben (Seth Rogen), após uma noite de bebedeira em que ambos acabaram transando na casa dela. Só que ela decide não só ter o filho dele como, para espanto geral, resolve também dar uma chance ao relacionamento dos dois.

Trata-se apenas do segundo trabalho do jovem diretor Judd Apatow. Seu primeiro filme foi a também comédia O virgem de 40 anos, e esse Ligeiramente grávidos já supera o primeiro trabalho de Apatow em termos de bilheteria. O filme foi uma das sensações do ano de 2007 nos cinemas, tendo faturado incríveis 219 milhões de dólares nas bilheterias mundiais, um excelente resultado em se tratando de uma comédia – nos EUA chegou a superar blockbusters como Quarteto Fantástico 2 e Duro de Matar 4.0. O filme é um pouco desbocado, mas tem personagens absolutamente cativantes, principalmente para o público jovem.

Confira aqui o trailer original em inglês (com legendas).


Hairspray – Em busca da Fama (Hairspray, 2007)

Tracy Turnblad (a novata e gordinha Nicole Blonsky) é caloura de um concurso de talentos em um programa de TV. Mas ela não é exatamente uma favorita entre as milhares de adolescentes que assistem e se candidatam a dançarina no programa campeão de audiência da década de 1960 nos EUA – The Corny Collins Show. Porém, ela surpreende a todos com uma apresentação melhor que o da rival “bonitinha”. A partir daí, Tracy inicia uma luta pela igualdade no show que até então só era vencido pelas garotas populares e, de preferência, loiras e bonitas.

O diretor, Adam Shankman, é ainda novo (tem 43 anos) e sua carreira, que começou em 2001, tem como maior sucesso a comédia Doze é Demais 2, com Steve Martin. Hairspray no entanto surpreende positivamente pela boa qualidade das músicas e danças e pela ótima direção de arte que reproduz fielmente o jeito de ser e se vestir das garotas adolescentes dos EUA na década de 1960. Mas talvez o que mais surpreenda no filme seja a atuação de John Travolta, cujo personagem é uma mulher obesa, mãe da garota Tracy. Isso sem falar que o marido de Travolta no filme quem faz é o premiado Christopher Walken (Oscar por O franco-atirador).

Enfim, um filme alto-astral, muito bem-humorado, que estreou em julho nos EUA e ainda está em cartaz por lá. Trata-se de um grande sucesso, pois já arrecadou mais de US$ 160 milhões em todo o mundo. E anote aí: é candidato à indicação de algumas categorias no próximo Oscar, como Direção de Arte, Maquiagem e Figurino.

Confira aqui o trailer original do filme (em inglês, com legendas).


Nunca é tarde para amar (I could never be your woman, 2007)

Michelle Pfeiffer (Ligações Perigosas, Batman – o Retorno) é Rosie, produtora de uma série teen de TV que está com problemas de audiência. Para tentar alavancar o ibope ela precisa o mais rápido possível de algo que cative os telespectadores mais jovens, senão a diretoria da emissora ameaça tirá-la do ar. É aí que aparece Adam (Paul Rudd), sujeito engraçado e autêntico que faz teste para viver um nerd no seriado e acaba ganhando o coração de Rosie.

O filme é dirigido por uma mulher, Amy Heckerling, que estava longe da direção há 7 anos mas que hà algum tempo fez algumas comédias razoáveis, como Olha quem está falando e As patricinhas de Beverly Hills. Nunca é tarde para amar é uma comédia sobre o próprio show-bizz hollywoodiano, mas ao longo do filme essa busca por dar “lição de moral” acaba desvirtuando um pouco a coisa e o filme acaba não entretendo tanto e, ao mesmo tempo, se encerra sem autoridade para questionar o que procura criticar.

Veja abaixo o trailer original do filme (em inglês)


Produtores de "Halloween 2007" vão refilmar original de "Sexta-Feira 13"

O sucesso da refilmagem Halloween 2007, feita por Rob Zombie e que ainda está nos cinemas, animou os produtores Brad Fuller e Andrew Form (dupla responsável por Horror em Amytiville e também O Massacre da Serra Elétrica: O Início). Eles planejam dar uma nova versão à saga do infame serial killer Jason Voorhees, Sexta-Feira 13.
Halloween 2007 estreou hà vinte dias nos EUA e já faturou quase 52 milhões de dólares. No Brasil, o filme estréia no próximo dia 16 de novembro.

Caso o projeto realmente se concretize, o filme deve ser lançado somente em 2009. Será o décimo-primeiro filme da franquia Sexta-Feira 13, que, a exemplo de Halloween 2007, servirá de prelúdio à série (o filme original é de 1980). A produtora Platinum Dunes de Michael Bay quer começar a rodar no início de 2008, para não pegar a possível greve dos sindicatos em Hollywood, em junho/julho do ano que vem.

Para tanto, uma nova dupla de roteiristas foi contratada: Damian Shannon e Mark Swift, responsáveis pelo script de Freddy vs. Jason. Shannon e Swift devem começar o trabalho do zero, já que o roteiro de Mark Wheaton (Os Mensageiros, atualmente em cartaz nos cinemas), escrito anteriormente, não foi aproveitado.

A estória do remake de Sexta-Feira 13 mostrará as origens do assassino desfigurado Jason, com o afogamento em Crystal Lake e tudo mais. Jonathan Liebesman, diretor do remake O massacre da serra elétrica – o início, a princípio será o diretor do filme.

Anthony Daniels, o C3PO de "Star Wars", estará em São Paulo essa semana

O ator Anthony Daniels, de 61 anos, estará em São Paulo durante essa semana participando do início das comemorações dos 30 anos de lançamento da saga de Star Wars nos cinemas. Daniels, para quem não sabe, é o intérprete do andróide dourado C3PO em todos os 6 filmes da série Guerra nas Estrelas.

O ator visita nesta quarta-feira (dia 19/09) a livraria Fnac Pinheiros (av. Pedroso de Moraes, 858, Pinheiros, São Paulo) a partir das 20h. Na quinta-feira (dia 20/09), ele estará na livraria Saraiva do Morumbi Shopping (av. Roque Petroni Jr., São Paulo) a partir das 12h30. Em ambos os locais o ator concederá autógrafos e divulgará a venda do box com três episódios e o DVD “Por Trás da Saga” (cerca de R$ 90), com o bastidores do seriado. Só não está confirmado se ele estará “à paisana” ou caracterizado como o andróide C3PO.

Instinto Secreto (Mr. Brooks, 2007)

(Suspense, 18 anos. Direção de Bruce Evans. Com Kevin Costner, Demi Moore e William Hurt)

Kevin Costner interpreta o respeitado empresário Earl Brooks, um adorável marido e pai, que, no entanto, guarda um segredo – ele é viciado em matar, tão mortalmente inteligente que nunca ninguém suspeitou dele – pelo menos até agora. Porém, no que planeja ser seu último assassinato, um fotógrafo amador testemunha o crime e passa a chantageá-lo. Demi Moore faz a detetive que está em seu encalço.

O diretor, Bruce Evans, é mais atuante como roteirista e produtor. Traz consigo nesse filme a decadente Moore, além de Costner, que há tempos não emplaca um sucesso, e ainda William Hurt, que andava meio sumido. Das duas uma: ou este filme é uma bomba ou pode ser uma bela chance de “reabilitação” para Costner e Moore.

O filme custou cerca de 20 milhões de dólares e arrecadou pouco mais de US$ 48 milhões em todo o mundo.

Veja abaixo o trailer oficial do filme:


Os Mensageiros (The Messengers, 2007)

(Terror, 12 anos. Direção: Irmãos Pang. Com Kristen Stewart e Dylan McDermontt)

Família se muda para fazenda de girassóis abandonada no interior dos EUA, caindo aos pedaços, sem suspeitar que ali mãe e filhos um dia foram assassinados. Só os filhos dos novos moradores conseguem ver que os espíritos do além voltaram para atormentar os vivos.

Humm… já leu sobre algo parecido em algum outro filme antes ?? Pois é. Esse parece ser mais um terrorzinho de quinta, daqueles que se encontra às pencas em qualquer vídeo-locadora. Mas o gênero tem os seus fãs, que podem gostar desse primeiro filme americano dos irmãos Pang, de Hong Kong. Pelo trailer dá prá ver que os efeitos especiais são bons (Sam Raimi, diretor da trilogia Homem-Aranha, é um dos produtores). O filme custou cerca de 16 milhões de dólares e arrecadou quase US$ 55 milhões em todo o mundo.

Veja abaixo o trailer oficial do filme, com legendas em português.


Roman Polanski deixa a direção da superprodução "Pompéia"

O veterano cineasta Roman Polanski, vencedor do Oscar por O pianista e diretor de outros sucessos, como Chinatown e O Bebê de Rosemary, retirou-se da direção de Pompéia, e os planos para a filmagem estão suspensos, pelo menos até o final do ano que vem. O filme é uma superprodução de 130 milhões de dólares, e narra os acontecimentos na cidade de Pompéia após a erupção do vulcão Vesúvio.

Este era sem dúvida o projeto mais arriscado da carreira de Polanski, pelo tamanho do investimento e pelo tema. O produtor Robert Benmussa, segundo a revista “Variety”, não quis comentar sobre a definição de um possível novo diretor para o filme.